Arquivo de Agronegócio - AGBI https://2025.agbi.com.br/tag/agronegocio/ Real Assets Mon, 20 Jan 2025 17:22:14 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Sale & Lease Back no Campo https://2025.agbi.com.br/sale-lease-back-no-campo/ Mon, 01 Aug 2022 19:18:03 +0000 https://agbi.com.br/?p=3309 Grande parte dos FIAGRO’s, recentemente lançados no mercado de capitais, vem embasado em uma tese antiga que foi praticada por muitos no ambiente de fundos e veículos de investimento imobiliário urbano e agora está sendo transportada para o setor agro no país: o Sale and Lease Back (SLB). Neste mecanismo, uma parte vende um ativo […]

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Grande parte dos FIAGRO’s, recentemente lançados no mercado de capitais, vem embasado em uma tese antiga que foi praticada por muitos no ambiente de fundos e veículos de investimento imobiliário urbano e agora está sendo transportada para o setor agro no país: o Sale and Lease Back (SLB). Neste mecanismo, uma parte vende um ativo para a outra parte que, ao comprar, arrenda (aluga) de volta para o vendedor. Desta forma, o vendedor consegue um influxo de caixa no momento zero e paga de volta ao comprador o dinheiro na forma de arrendamento, obviamente que acumulado de juros.

Para entender e debater SLB rural como forma de financiamento de fazendeiros, é importante esclarecer que o agronegócio brasileiro já é bem servido, em grande parte, por linhas de crédito dos bancos públicos e tradings, como por exemplo o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), Inovagro e PCA (Programa de Construção e Ampliação de Armazéns). Essas linhas de fomento em grande parte são despendidas pelos bancos públicos e são subsidiadas. Com elas, os produtores têm a oportunidade de levantar recursos a uma taxa atrativa para produção, maquinário ou até mesmo para construção de algumas benfeitorias como armazéns graneleiros.

Isso posto, alguns questionamentos surgem: por que o fazendeiro iria recorrer a um SLB com tantas alternativas? Ou então, como um fundo que não tem o histórico, estrutura ou capilaridade dos bancos públicos consegue identificar e selecionar os tomadores de crédito que não estão sendo atendidos por esses bancos? Estes questionamentos ainda abrem espaço para outras dúvidas ou preocupações que, deveriam estar no radar dos investidores: por qual motivo um agricultor daria em garantia sua fazenda a um fundo, ao invés de realizar a operação com as taxas incentivadas dos bancos públicos? Seria falta de comprovação de saúde e capacidade financeira e por não conseguir aprovação em operações de crédito com os bancos?  

Ademais, em caso de default por parte do agricultor, como será a entrega da fazenda, no que tange ao estado de conservação e capacidade produção? Esse Fundo que realizou o SLB rural foca em gestão e expertise em crédito ou também saberá operar uma fazenda e transformá-la em algo solvente e positivo?

Notícias recentes nos mostram que alguns FIAGROs de “papel” (e seus investidores) já começaram a enfrentar problemas. No mês de junho, um FIAGRO, listado na B3, viu um de seus operadores entrar em recuperação judicial. Esse operador representava mais de 20% da carteira do Fundo.

Na AGBI, gestora focada no investimento em ativos reais, que atua de forma ativa no investimento em terras rurais e que possui extenso e comprovado track record no mercado, focamos na transformação imobiliária rural de forma sustentável. Nosso processo de seleção de ativos (fazendas) é realizado de forma diligente, pois entendemos que a etapa de identificação e seleção (originação) é o cerne da estratégia e o que irá gerar retornos consistentes para os cotistas.

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A perspectiva positiva frente aos desafios para o agro em 2022 https://2025.agbi.com.br/a-perspectiva-positiva-frente-aos-desafios-para-o-agro-em-2022/ Wed, 12 Jan 2022 18:36:40 +0000 https://agbi.com.br/?p=3014 O agronegócio brasileiro deve ser a principal engrenagem da economia do país em 2022. Frente a grandes desafios, o agro, com previsão de crescimento de 5% até o fim deste ano, é visto mais uma vez como o principal fator do crescimento econômico brasileiro. Essa perspectiva é oriunda de projeções de condições climáticas favoráveis que […]

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O agronegócio brasileiro deve ser a principal engrenagem da economia do país em 2022. Frente a grandes desafios, o agro, com previsão de crescimento de 5% até o fim deste ano, é visto mais uma vez como o principal fator do crescimento econômico brasileiro. Essa perspectiva é oriunda de projeções de condições climáticas favoráveis que tendem a favorecer o plantio em grande parte do território nacional.

Em contraste ao ano anterior, no qual foi vivenciado uma severa crise hídrica e energética, a previsão climática é animadora para o produtor brasileiro em 2022. O fenômeno La Niña traz consigo mais chuvas na região norte e nordeste e menos precipitação no sul. Na região Centro-Oeste, o plantio de soja já foi realizado e apresenta ótimo andamento. Em decorrência disso, projeções apontam uma safra recorde com cerca de 289 milhões de toneladas a serem colhidas, um volume 14% maior do que o produzido em 2021.

Em contrapartida, o crescimento dos preços dos insumos, das máquinas e equipamentos agrícolas pode enfraquecer consideravelmente as margens do produtor. Esta alta de preços é fruto da retomada do crescimento global com o avanço das vacinações durante a pandemia, e fortes oscilações de oferta e demanda nesses setores. Além disso, o câmbio desvalorizado também atinge fortemente os custos de produção, pois grande parte dos fertilizantes e defensivos agrícolas são importados e sofrem impacto direto da cotação do dólar.  O alento fica por conta do impacto positivo na demanda, uma vez que boa parte da produção nacional é precificada na Bolsa de Chicago e exportada.

Outro desafio para o agronegócio brasileiro em 2022 é relacionado às pautas ambientais. Os efeitos das negociações da COP26 e propostas legislativas que buscam a redução de emissões de gases de efeito estufa pela agropecuária, transições energéticas para fontes mais verdes, entre outros podem afetar diretamente a produção, já que grandes varejistas europeus e americanos passaram a boicotar produtos que não estão em conformidade com regras sustentáveis. As mudanças e adequações aos respectivos parâmetros podem influenciar ainda mais as margens dos produtores.

2021 deixa, ao menos, um fôlego para enfrentar essas preocupações. O ano que terminou viu exportação recorde, com movimentação de mais de US$102 bilhões, apesar do aumento dos preços das commodities em patamares jamais vistos antes. Para 2022 é estimado que as exportações deverão manter seu desempenho, independente de variações moderadas previstas para os preços internalizados. Ainda, a área de produção de grãos aumentou em 6 milhões de novos hectares, o que apresenta uma crescente onda de investimentos no setor, culminando em uma evolução ainda maior para o agronegócio neste ano.

Frente a esse cenário, não resta dúvida que o agronegócio mais uma vez é colocado como potencial roda motriz da economia nacional. Mesmo com inúmeros obstáculos, o setor mostra resiliência através da consistência na produção e modernização de suas atividades para que continue colaborando na recuperação da economia brasileira.

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A COP-26 aproxima ainda mais o Brasil do Golfo Pérsico https://2025.agbi.com.br/a-cop-26-aproxima-ainda-mais-o-brasil-do-golfo/ Fri, 26 Nov 2021 19:50:59 +0000 https://agbi.com.br/?p=2960 As últimas semanas marcaram um momento histórico para o desenvolvimento de finanças sustentáveis. Em Glasgow, Escócia, durante a COP26, o mundo finalmente conseguiu superar as divergências quanto ao Artigo 6 do Acordo de Paris, o mais famoso item do Livro de Regras que abre caminho para um mercado mundial de carbono.   A evidência do Brasil em assuntos relacionados […]

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As últimas semanas marcaram um momento histórico para o desenvolvimento de finanças sustentáveis. Em Glasgow, Escócia, durante a COP26, o mundo finalmente conseguiu superar as divergências quanto ao Artigo 6 do Acordo de Paris, o mais famoso item do Livro de Regras que abre caminho para um mercado mundial de carbono.  

A evidência do Brasil em assuntos relacionados à sustentabilidade e clima é óbvia devido a nossa biodiversidade, nossos biomas variados e da Floresta Amazônica. A comitiva oficial que esteve em Glasgow chegou à Escócia ciente da importância das negociações para o Brasil e certamente esta responsabilidade e entendimento foram preponderantes para o avanço das negociações. Apesar de uma grande comitiva brasileira, a ausência do Presidente foi sentida e amplamente comentada.  

Na sexta-feira, 12 de novembro, o Presidente embarcava para uma viagem ao Golfo Pérsico para uma série de agendas que foram criticadas por parecerem desconectadas à pauta ambiental. As críticas, no entanto, não consideram que a região é particularmente importante em assuntos de sustentabilidade, especialmente depois dos avanços na regulamentação do artigo 6º do Acordo de Paris, que cria as bases de um mercado mundial de carbono. Para o Brasil, como exploraremos adiante, a região é ainda mais importante por conta dos países do Golfo serem grandes parceiros comerciais e investidores ao mesmo tempo que terão grande necessidade de reduzir ou mitigar emissões da indústria de óleo e gás, que tem grande importância para a região. 

Hoje existem no Congresso Nacional diversos projetos de lei para aprofundar a regulamentação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões – MBRE, tratado no artigo 9º e incisos VII e VIII do artigo 4º da Lei 12.187 de 2009. Justamente nas últimas semanas foi criada uma Comissão Especial na Câmara dos Deputados para acelerar a tramitação desta regulamentação.  

Com isso, há uma expectativa que o carbono capturado no Brasil poderá se tornar um ativo importante não somente para preservação ambiental, mas também para a atração de investimentos e divisas ao país. Um excedente de captura de carbono que supere o compromisso de captura do Brasil poderia ser comercializado com outros países, estimulando investimentos sustentáveis e gerando riqueza em nosso país a partir da conservação e captura de carbono.  

Sem tirar a importância dos países que tem levantado a bandeira do mercado de carbono por décadas ou os principais promotores das negociações na Escócia, mas o maior potencial do Brasil neste mercado se encontra justamente na capacidade de integrar um mercado de carbono com sua matriz exportadora de produtos agrícolas. Não somente há grandes sinergias em atrair investimentos para desenvolver agricultura sustentável no Brasil junto a alguns dos nossos principais compradores de produtos agrícolas, mas com o advento de um mercado global de carbono, os países do golfo persa seriam também grandes compradores de créditos de carbono brasileiros.  

Um bom exemplo são os Emirados Árabes Unidos, país que foi visitado pela comitiva presidencial enquanto os negociadores brasileiros “amarravam” os últimos pontos da COP26. Em Abu Dhabi foi criado um fórum de finanças sustentáveis para discutir o fomento de investimentos alinhados com critérios ESG e uma “Agenda Verde 2015-2030” para traçar um plano objetivo para fomentar investimentos sustentáveis. Em Dubai, o principal centro financeiro da região, 60% das decisões de negócios já consideram critérios ESG e recentemente foi criado o Dubai Sustainable Finance Working Group com empresas nacionais e internacionais para fomentar o assunto. Na Expo Dubai, sustentabilidade foi tema de destaque.  

Dentre os países visitados pelo presidente na atual viagem, estão 3 dos 5 maiores emissores de CO2 per capta do mundo. O perfil é bem diferente dos principais atores da COP26, mas certamente serão países ávidos em integrar seu mercado de carbono com o nosso para ajudar a neutralizar suas emissões. Se puderem auxiliar o desenvolvimento da agricultura sustentável e do mercado de carbono brasileiro através de investimentos financeiros e tecnológicos que permitam reduzir emissões na agricultura brasileira ou aumentar a captura de carbono para gerar mais excedente e mitigar emissões nos seus países de origem, todos saem ganhando!

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