Investimento no futuro hoje!

Início > Biblioteca > Sale & Lease Back no Campo

Sale & Lease Back no Campo

Grande parte dos FIAGRO’s, recentemente lançados no mercado de capitais, vem embasado em uma tese antiga que foi praticada por muitos no ambiente de fundos e veículos de investimento imobiliário urbano e agora está sendo transportada para o setor agro no país: o Sale and Lease Back (SLB). Neste mecanismo, uma parte vende um ativo para a outra parte que, ao comprar, arrenda (aluga) de volta para o vendedor. Desta forma, o vendedor consegue um influxo de caixa no momento zero e paga de volta ao comprador o dinheiro na forma de arrendamento, obviamente que acumulado de juros.

Para entender e debater SLB rural como forma de financiamento de fazendeiros, é importante esclarecer que o agronegócio brasileiro já é bem servido, em grande parte, por linhas de crédito dos bancos públicos e tradings, como por exemplo o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), Inovagro e PCA (Programa de Construção e Ampliação de Armazéns). Essas linhas de fomento em grande parte são despendidas pelos bancos públicos e são subsidiadas. Com elas, os produtores têm a oportunidade de levantar recursos a uma taxa atrativa para produção, maquinário ou até mesmo para construção de algumas benfeitorias como armazéns graneleiros.

Isso posto, alguns questionamentos surgem: por que o fazendeiro iria recorrer a um SLB com tantas alternativas? Ou então, como um fundo que não tem o histórico, estrutura ou capilaridade dos bancos públicos consegue identificar e selecionar os tomadores de crédito que não estão sendo atendidos por esses bancos? Estes questionamentos ainda abrem espaço para outras dúvidas ou preocupações que, deveriam estar no radar dos investidores: por qual motivo um agricultor daria em garantia sua fazenda a um fundo, ao invés de realizar a operação com as taxas incentivadas dos bancos públicos? Seria falta de comprovação de saúde e capacidade financeira e por não conseguir aprovação em operações de crédito com os bancos?  

Ademais, em caso de default por parte do agricultor, como será a entrega da fazenda, no que tange ao estado de conservação e capacidade produção? Esse Fundo que realizou o SLB rural foca em gestão e expertise em crédito ou também saberá operar uma fazenda e transformá-la em algo solvente e positivo?

Notícias recentes nos mostram que alguns FIAGROs de “papel” (e seus investidores) já começaram a enfrentar problemas. No mês de junho, um FIAGRO, listado na B3, viu um de seus operadores entrar em recuperação judicial. Esse operador representava mais de 20% da carteira do Fundo.

Na AGBI, gestora focada no investimento em ativos reais, que atua de forma ativa no investimento em terras rurais e que possui extenso e comprovado track record no mercado, focamos na transformação imobiliária rural de forma sustentável. Nosso processo de seleção de ativos (fazendas) é realizado de forma diligente, pois entendemos que a etapa de identificação e seleção (originação) é o cerne da estratégia e o que irá gerar retornos consistentes para os cotistas.

Matéria por

Felipe Mendes do Nascimento

Matéria por

Edson Pereira da Silva

Matéria por

Diogo Melo

Matéria por

José Victor Costa de Oliveira

Matéria por

Mario R.A. Lewandowski

Matéria por

Gustavo Fonseca

OUTROS ARTIGOS DO AUTOR

Picture of <span>AGBI</span>

AGBI

Efeitos dos ataques no Mar Vermelho

Picture of <span>AGBI</span>

AGBI

Chicago, logística, demanda e incertezas: para onde vai o preço da soja?

Picture of <span>AGBI</span>

AGBI

A tecnologia e a produtividade nos campos brasileiros, uma análise a partir dos grãos